Influência e mídias sociais: até onde vai o poder de persuasão


Em entrevista para o jornal Folha do Estado, de Feira de Santana, falei sobre o universo dos influenciadores digitais e como percebo o crescimento deste segmento e sua profissionalização. No dia 10 de Agosto acontecerá o Influencer Day, em que serei mediadora e terá como palestrantes Kaka Diniz e Alex Monteiro e como embaixadoras, Laura Iohana e Ray Pabline. Assessoria e organização de Wilian Machado e Alisson Levy.

Abaixo, confira a reportagem completa que saiu dia 08/08/19.


 


Influência e mídias sociais: até onde vai o poder de persuasão.

jornalfolhadoestado.com

 

Você acredita do poder da influência? Já foi influenciado por algo que despretensiosamente viu ou ouviu em uma pessoa? E aquela vontade de comprar a mesma roupa da foto curtida na rede social, de comer a mesma receita que assistiu na televisão ou em algum vídeo na internet, já sentiu? A discussão sobre como somos atingidos pela exponencial produção de conteúdo nas diversas plataformas (digitais ou nos meios tradicionais) é ampla. Há quem diga não é influenciável, já outros defendem que cada um é um influenciador em potencial, ainda mais com a facilidade de acesso as principais ferramentas (os aplicativos). O próprio Google afirma que o Brasil só perde para os Estados Unidos em tempo de visualização de vídeos on-line, em uma das principais plataformas, o YouTube, ou seja, estamos a todo minuto propensos as influências.

O que toda essa produção de conteúdo gera é um espaço para construção de imagens, uma “indústria das inspirações” e cada vez mais a monetização de curtidas, inscritos, seguidores, enfim, um nicho de mercado muito explorado por pessoas antes anônimas, mas que hoje não passam mais despercebidas, sobretudo por marcas, que já entenderam que o consumidor final está internet, nos aplicativos, curtindo e buscando informações de tudo que vê.

Sócio da maior agência da América Latina especializada em assessoria para influenciadores digitais, o empresário Kaká Diniz, prega cuidado em tudo que é exposto na internet, especialmente para aqueles que inspiram muitos seguidores. “A busca é por influenciar vidas. Não sabemos quem está do outro lado. Por isso a necessidade de saber o que compartilha e buscar também conteúdo de qualidade, ter valores morais”. Diniz estará em Feira de Santana, no dia 10 de agosto, como principal palestrante, junto com seu sócio na Non Stop, Alex Monteiro, no Influencer Day, evento voltado para debater este universo comum nas redes sociais.

Para o especialista, que enxerga o influenciador digital como uma profissão (no casting de Diniz figuram nomes como Whindersson Nunes, Dani Russo e Ney Lima, que além dos palcos, produzem conteúdo para as meios digitais), o principal erro que se comete em um ambiente de audiência é gerar expectativa em cima de uma mentira. “A internet deu nome a quem tinha apelido, virou um trabalho, uma profissão. Cada um cria seu tipo de audiência, as pessoas se influenciam de forma diferente. É preciso vender a verdade, o dia-a-dia, o cotidiano, outro acerto é ouvir as pessoas certas”, comentou.

Sobre a mais recente mudança neste cenário, a retirada das visualizações e curtidas para os seguidores no Instagram (somente o proprietário do perfil terá acesso aos dados), Diniz disse que será indiferente para quem tem uma imagem construída. “As marcas estão preocupadas em quanto a pessoa converte, quantos consumidores foram alcançados. O que existe é uma geração de jovens frustados por número de seguidores”, resumiu.

A mestre em comunicação nas organizações e consultora em marketing, Priscyla Caldas, que irá mediar a palestra no Influencer Day, defende que todos somos influenciadores. “A partir do momento que eu consigo influenciar uma ou duas pessoas, já não formamos um. E também precisamos falar da seriedade deste trabalho, por que algumas pessoas não são profissionais na área e utilizam o número dos seguidores para se sentirem influentes, para conseguir coisas. É um trabalho que exige muita disponibilidade, dedicação, poder de persuasão, para influenciar as pessoas. Muitos vulgarizam, acham que é simples”, disse.

De acordo com Caldas, é uma área em franco crescimento. “Há muito o que ser explorado. Você pode ser influenciador de diversas áreas. A moda se popularizou. Precisa-se de muito cuidado. Um estudo com vários influenciadores diz que 50% dos dados que alguns desses influenciadores usam nas suas páginas são falsos. Eles compram likes, seguidores, comentários. Isso gera uma dificuldade na seriedade dos profissionais em mostrar sua verdade”, alertou. “O influenciador existe há muitos anos na publicidade, o digital é que é recente. Era muito remetido aos artistas, personalidades públicas. Hoje muitas pessoas estão nesse mercado, em paralelo a outras atividades ou assume como sua profissão”, resumiu.

Há três anos que a jovem estudante Laura Iohanna explora as redes sociais. Residindo em Feira de Santana, a baiana de Milagres conta que o início foi de forma muito natural, sem existir uma fórmula secreta. “É ser eu. Influenciar pessoas não é só marcas, mas para o bem. É uma responsabilidade grande”, conta uma das embaixadoras do evento, que possui 86,8 mil seguidores no Instagram. “Vou falar da minha vida, como funciona tudo e trazer para a realidade de Feira de Santana, já que a maioria das pessoas que vão participar do evento são da cidade. É importante para as pessoas entenderem como acontece até para saber se é o querem. O mercado em Feira oferece oportunidade para todo mundo”, antecipou.

 

 

Link da reportagem original: https://www.jornalfolhadoestado.com/noticias/95296/influencia-e-midias-sociais:-ate-onde-vai-o-poder-de-persuasao

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